quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Em falta

Sei que estou em falta com vocês, mesmo sem saber quem vocês são.

Cheguei ao 59° livro lido, "As travessuras da menina má" de Mário Vargas Llosa. Achei um livro tão bonito, tão tocante, mas desde quando terminei de lê-lo não sei o que dizer aqui. O que dizer do amor quase incondicionál do Ricardito pela menina má? O que dizer sobre todas as travessuras e maldades dela e de todas as vezes que ele a perdoava?

Não sei. Essa é a resposta, e pior que isso, não sei porque não sei. Definitivamente, é um livro que merece minha boa opinião, apesar de eu não ser grande coisa. Ele tem minha boa opinião, mas simplesmente não consigo colocá-la em palavras, nem mesmo em pensamento.

Não consigo achar uma palavra para descrever esse livro, talvez seja essa a difuculdade de resenhá-lo e de dizer o que senti. É inútil tentar, estaria forçando uma coisa que não deve de maneira alguma ser forçada.

Lamento, mas esse ficarei devendo.




quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ler (2)



Já me perguntaram como consigo ler o mesmo livro várias vezes. Hoje descobri a resposta.

Além, é claro, de ter uma memória muito ruim e esquecer das histórias que tanto me envolveram após alguns meses depois de lidas, também há um outro motivo.

Descobri que amo ler, em seu sentido mais literal. Amo ler as palavras e expressões como são escritas e sentir a emoção que cada frase me provoca. Mesmo sabendo o que vai acontecer no final: se o casal vai ficar junto ou não, se um desejo enfim se realizará, se tudo dará certo ou errado. Creio que na primeira leitura todos essas curiosidades são de extrema importância, mas após saber tudo o que acontece posso, nas próximas leituras, saborear as palavras e a forma como elas são escritas de uma forma toda especial. Talvez o final até deixe de importar nesse momento e o que realmente passa a valer é cada palavra percorrida pelos meus olhos.

Posso ler o mesmo livro mil vezes, apesar de nunca ter experimentado tal feito, e sei que ele sempre me causará emoções. A história importa, mas o que realmente me fascina é o modo como ela é contada.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

As aventuras de Tom Sawyer - Mark Twain


Sigo na minha luta para chegar aos 100 livros lidos, acabo de terminar o 58°

As aventuras do Tom Sawyer nos rende boas risadas. Ele é um menino muito, mais muito travesso, e a gente acaba se envolvendo nas travessuras dele.

Essa imagem é da minha parte preferida do livro, quando o Tom fica de castigo por uma de suas artes e tem que pintar a cerca durante o sábado, o dia livre em que todas as crianças podem brincar. Mas ele acha uma saída muito inteligente, e nessa parte o autor ainda nos dá uma lição:

"Descobrira, sem o saber, uma grande lei que rege a humanidade e que é: para se conseguir que um homem ou um menino cobice uma coisa, basta tornar essa coisa difícil de obter".


O úncio problema do livro é que ele não te prende. Não é daqueles livros que você lê em dois dias porque quer logo saber o final e que te faz querer enlouquecidamente saber o que há na página seguinte.

Mas recomendo, principalmente para o público infanto-juvenil, só é preciso tomar cuidado para que as crianças que leem este livro não queiram colocar em prática as mesmas peripécias do Tom Sawyer.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Bibliotecas pelo mundo

Acho que boa parte dos amantes da leitura acham as bibliotecas lindas e encantadoras. Seguem algumas que achei por esse mundão da internet. Curtam.

Biblioteca Angélica - Roma - Itália

Biblioteca Municipal de Estocolmo
Biblioteca George Peabody - Maryland - EUA

Biblioteca Britânica

E as mais interessantes ficaram para o final:

Biblioteca  Pública de Kansas City - EUA

Cabine Telefônica transformada em biblioteca - Somerset - Ing
Somerset, Inglaterra

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Troca livro

Alguém sabia que dá pra trocar livros pela internet?
É isso mesmo, descobri hoje no blog "Livros abertos" da jornalista Camila Kehl e resolvi compartilhar a dica.

Achei super interessante a idéia, além de ser uma ferramenta muito útil nos dias de hoje. No site explica como funciona:

1. Você monta uma lista de livros que possui para trocar e outra dos que gostaria de obter.
2. Quando um usuário solicitar um dos seus livros, você o envia pelo correio.
3. O livro sendo recebido, você ganha 1 ponto para solicitar 1 outro livro.

É uma boa forma de nos desvencilharmos de livros dos quais não gostamos e ter oportunidades de ler novas histórias sem gastar muito dinheiro (o único custo é o do frete).

Vale a pena tentar: www.livralivro.com.br

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Como me sinto em relação ao facebook



Onte li um artigo muito legal sobre o facebook na Folha de S. Paulo, é mais ou menos como me sinto em relação à essa rede social. Segue o texto:


Curti (não curti) isso
Marcelo Coelho 

No Facebook, você se torna ao mesmo tempo a celebridade, o consumidor e o anunciante do produto


Ficar nesse frio debaixo do cobertor... Que delíííciaaa... Receita de bolo de cenoura. Curti isso. Mais uma foto do meu yorkshire Léo. Ele não é fofinho?

Clico para ver a foto (estou no Facebook, é claro). Há outras 20 fotos praticamente iguais: o cachorro em cima da almofada, o cachorro de lado no ladrilho, o cachorro de frente no sofá.

Depois de alguma resistência, deixei o velho Orkut e entrei no Facebook. É melhor, dizem. Entretanto tenho saudades do antigo site de relacionamento. Seu ar parado, suas cores gastas, seu mobiliário visual, tudo agora me lembra uma estação de trem centro-europeia, os croissants meio murchos na sua confeitaria de madeira e vidro, patinada de esperas e carvão.

Perto do Orkut -seus entroncamentos, seus guichês-, o Facebook é um aeroporto superlotado, onde avisos inúteis se repetem pelos alto-falantes e onde me sinto invariavelmente perdido. Nem a mais demente produção de spams na minha caixa de e-mail equivale à atividade que me chega pelo Facebook. Fico até aflito de ver pessoas postando de 15 em 15 minutos, durante toda a extensão do dia. A falta de fazer nunca deu tanto trabalho.

Peço desculpas aos amigos (tanto os que conheço quanto os que não conheço). Mas estou bloqueando muita gente. Faço exceção a alguns que se especializaram em mandar links. Uma notícia, um clipe, um filme: aí o Facebook cumpre a função, acho, de repercutir alguma coisa, de servir como atalho a algum outro meio de informação.

Mas chega de rabugice. No fim, mesmo os posts mais banais são boas notícias. As pessoas estão bem, estão vivas e parecem, numa média impressionante, bastante felizes.

Como tantos outros meios de comunicação, e o celular é o maior exemplo, o Facebook não funciona apenas, nem funciona a maior parte do tempo, para "comunicar" algum conteúdo. Sua função é dar sinais -sinais de existência. Aquilo que os especialistas chamam de "função fática" ("Você está aí?", "Você está me ouvindo?", "Oi! E aí?") preenche muito do que se transmite no Facebook.

Há uns 20 anos mais ou menos, escrevi na Ilustrada que, uma vez resolvido o problema da distribuição de riquezas, a grande desigualdade nas economias desenvolvidas parecia ser a da fama.

Muito poucos possuem toda a fama, enquanto a maioria sobrevive no anonimato. O Facebook resolve, aparentemente, essa injustiça. Qualquer pessoa, mesmo que não se torne uma celebridade no número de acessos e de amigos, pode ser tão banal como uma estrela pop. Fala de suas preferências, de sua rotina, da roupa que comprou, das marcas que prefere...

E aos poucos vai caindo a ficha, para mim, sobre a utilidade do Facebook. Entre as ferramentas do Facebook, existe aquela do polegar para cima, o "curti". Reparei que não existe, entretanto, a ferramenta oposta. O "não curti", que sem dúvida eu empregaria com relativa frequência, não está previsto.

Talvez seja melhor assim: muita briga se evita com essa omissão. Mas o ponto é importante. Curtir alguma coisa, com o polegar para cima, é algo que pertence ao repertório da publicidade. Cada vez que eu for a um restaurante, comprar determinado xampu, assistir a determinado filme, posso ir ao Facebook (se é que saí dele) e marcar com o dedão meu apoio ao tal produto.

Inventou-se, com isso, uma máquina irresistível. Com o YouTube, você produz, em tese, o conteúdo (cômico, trágico ou tolo) que na TV profissionais bem pagos se esfalfam para inventar.

Com o Facebook, você se encarrega da outra ponta do processo: além do conteúdo, você produz também o anúncio, aquilo que os publicitários quebram a cabeça para criar.

Você se torna ao mesmo tempo a celebridade, o consumidor e o anunciante. Minha paranoia se acelera. E se, no meio daqueles "amigos" que não conheço, existir algum testa de ferro, algum laranja de uma agência de publicidade ou de uma grande empresa, fazendo-me consumir o que não desejo?

A paranoia se dissipa: não, é conspiratório demais. Não há testas de ferro. Em seguida, a paranoia renasce com mais força: mas não estamos, todos nós, sendo testas de ferro, laranjas a serviço daquela coisa?
Bem que poderiam pagar para os membros mais produtivos do Facebook. Mas aí perderia a graça.

Folha de S. Paulo - Caderno ilustrada - 10 de Agosto de 2011

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Um dia - David Nicholls



Finalmente o 57° livro terminado.

Demorei um pouquinho pra postar, já que li a última página, com lágrimas nos olhos, na segunda-feira.

Não há comentários sobre o livro, é simplesmente intenso e realista.

Dexter e Emma se conhecem na noite de formatura da faculdade, dormem e passam o dia seguinte juntos e se separam para cada um viver sua vida. A partir daí a história é contada, durante os próximos 20 anos, sempre no aniversário do dia em que se conheceram, 15 de Julho.

Em cada capítulo há uma surpresa diferente, pois nunca sabemos o que aconteceu com essas vidas no intervalo de um ano, seus encontros e desencontros, o rumo que cada um tomou, seus pensamentos, projetos, decepções.

Foi um dos livros mais lindos e emocionantes que já li, chorei desde os primeiros capítulos até a última página. Porém vale uma ressalva: Não leia em busca de um final feliz, mas sim viva cada capítulo. É como a vida, não há finais felizes e sim a continuidade, a superação, as memórias, as alegrias e as tristezas.

Perfeito pelo seu realismo, emocionante como a vida é (sem percebermos) e envolvente como todo bom livro.

P.S. Como eu quis esganar o Dexter durante a leitura.
P.S 2 O filme sobre o livro está com estréia prevista para 04 de Novembro, tô louca pra ver.

Minha biblioteca mental

Aí estão todos os livros que já li (só faltou um) e suas fotinhos.
Mais abaixo, os títulos e seus respectivos autores:


1 -Pollyanna (Elanor H. Porter)
2 - Pollyanna Moça (Elanor H. Porter)
3 - Sem família (Hector Malot)
4 - Depois daquela viagem (Valéria Piazza Polizzi)
5 - Orgulho e Preconceito (Jane Austen)
6 - Persuasão (Jane Austen)
7 - O caso dos dez negrinhos (Agatha Christie)
8 - Assassinato no Expresso do Oriente (Agatha Christie)
9 - O menino do pijama listrado (John Boyne)
10 - A cabana (Willian Young)
11 - O caçador de pipas (Khaled Houssein)
12 - A cidade do sol (Khaled Houssein)
13 - O sobrinho do mago (C. S. Lewis)
14 - O Leão, a feiticeira e o guarda-roupa (C. S. Lewis)
15 - O cavalo e seu menino (C. S. Lewis)
16 - Feito de modo especial e admirável (Philip Yansey)
17 - Casais inteligentes enriquecem juntos (Gustava Cerbasi)
18 - A marca de uma lágrima (Pedro Bandeira)
19 - Dom Casmurro (Machado de Assis)
20 - Lucíola (José de Alencar)
21 - Vidas secas (Graciliano Ramos)
22 - Melancia (Marian Keyes)
23 -Fiesta (Kate Kann)
24 - Crônicas de amor (vários)
25 - Cem sonetos de amor (Pablo Neruda)
26 - Morte e vida severina (João Cabral de Mello Neto)
27 - O pequeno príncipe (Antoine de Saint-Exupery)
28 - O estudante (Adelaide Carraro)
29 - Para uma menina com uma flor (Vinícius de Morais)
30 - Eu te procuro (Ângela Carneiro)
31 - Édipo rei (Sofócles)
32 - Para gostar de ler - volume 7 - crônicas (vários)
33 - A lição final (Randy Pausch)
34 - A menina que roubava livros (Marcus zusak)
35 - Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? (Allan e Barbara Pease)
36 - O Físico (Noah Gordon)
37 - Xamã (Noah Gordon)
38 - Meu pé de laranja lima (José Mauro de Vasconcelos)
39 - O Diário da Princesa (Meg Cabot)
40 - Sushi (Marian Keyes)
41 - Os homens que não amavam as mulheres (Stieg Larsson)
42 - Sagarana (João Guimarães Rosa)
43 - O rei da vela (Oswald de Andrade)
44 - Treze à mesa (Agatha Christie)
45 - A ilha (Fernando Morais)
46 - A cor púrpura (Alice Walker)
47 - Querido John (Nicholas Sparks)
48 - Admirável mundo novo (Aldous Huxley)
49 - A sangue-quente (vários)
50 - Crime e Castigo (Dostoiévski)
51 - 1984 (George Orwell)
52 - A sombra do vento (Carlos Ruiz Záfon)
53 - O ensaio sobre a cegueira (José Saramago)
54 - O outro lado de Orgulho e Preconceito (Laerthe)
55 - Mr Darcy Diary (Amanda Grange)
56 - A abadia de Northanger (Jane Austen)
57 - Um dia (David Nicholls)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dose de saudosismo


Ontem à noite tive uma grande dose de saudosismo, começando por essa música do Milton Nascimento, que é linda e marcou muito a melhor fase da minha vida.

Na época era de uma novela, mas o que me marcou foi meu namorado ter cantado ela pra mim quando ainda nem namorávamos. Não precisou muito pra ela marcar toda nossa primeira fase de namoro, além da letra combinar perfeitamente com tudo o que estava acontecendo. Até hoje quando a escuto me passa um filme na cabeça. Um filme lindo.

Segue a letra:

Outro Lugar
Milton Nascimento
Letra: Elder Costa

Cê sabe que as canções são todas feitas pra você
E vivo porque acredito nesse nosso doido amor
Não vê que tá errado, tá errado me querer quando convém
E se eu não tô enganado acho que você me ama também

O dia amanheceu chovendo e a saudade me contém
O céu já tá estrelado e tá cansado de zelar pelo meu bem
Vem logo que esse trem já tá na hora, tá na hora de partir
E eu já tô molhado, tô molhado de esperar você aqui

Amor eu gosto tanto, eu amo, amo tanto o seu olhar
Andei por esse mundo louco, doido, solto com sede de amar
Igual a um beija-flor, que beija-flor,
De flor em flor eu quis beijar
Por isso não demora que a história passa e pode me levar
E eu não quero ir, não posso ir pra lado algum
Enquanto não voltar
Não quero que isso aqui dentro de mim
Vá embora e tome outro lugar
Talvez a vida mude e nossa estrada pode se cruzar
Amor, meu grande amor, estou sentindo
Que está chegando a hora de dormir.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Abadia de Northanger



Mais uma obra da Jane Austen para minha lista de livros lidos.

Uma obra bem no estilo da autora, mais leve que os outros livros e nos rende algumas risadas em alguns pontos. Particularmete gostei. Vamos a uma breve sinopse:

Catherine Morland mora no interior da Inglaterra, tem nove irmãos e nenhuma amiga e pretendentes por perto.Quando criança não era bonita e nem se interessava pelas coisas de menina, gostava de correr e, ao invés de colher flores, como todas as meninas, simplesmente arrancava as que lhe eram proibido mexer, apesar disso era uma menina boa e não tinha mau gênio. Ao tornar-se adolescente ficou menos feia, como diziam seus pais, e começou a interessar-se por bailes e romances de terror.

Aos dezessete anos foi convidada por um casal amigo da família para ir a Bath, e lá metade da história se desenrolou e foi lá também que, segundo a autora, Catherine começou a ser heroína e encontrou seu herói.

Mais tarde foi convidada à ir para Abadia de Northanger, onde sua imaginação, aguçada pelos romances que lera, faz alguns passeios incríveis.

Esse é 56° Livro que leio... será que consigo chegar aos 100°?

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ler


Há aquele velho ditado: O trabalho dignifica o homem. No entanto para mim a leitura dignifica o homem.

Sou tão apaixonada por leitura, que as vezes pareço uma louca desvairada por livros, comprando-os sem pensar, às vezes até me arrependo, mas quando vejo minha estante cheia deles me orgulho. Também leio uns quantos ao mesmo tempo, chegando até a confundir as histórias.

Mas esse alvoroço e essa ansiedade em ler todos os livros que existem na Terra só se aflora em algumas épocas do ano, na maior parte dele sou mais contida e consigo ler um livro de cada vez, não deixando de ficar totalmente absorta e envolvida nas histórias.

Adoro viajar por todos aqueles lugares desconhecidos, conhecer novas pessoas, viver vidas que não são a minha, e por algumas horas do dia mergulho nas histórias de uma tal forma que cada personagem torna-se meu amigo, ou inimigo, passo a conhecer cada casa como se fosse a minha, passeio por jardins, bosques, florestas e desertos, conheço vários mundos tendo apenas um livro em minhas mãos e minha imaginação.

Enfim, cada livro que leio torna-se parte da minha vida, me altera de alguma forma, me faz ser uma pessoa melhor, diferente, uma soma das experiências que vivi na minha própria vida e das experiências que vivi através dos personagens que conheço.