quarta-feira, 27 de junho de 2012

#DL 2012 - Aqueles que nos salvaram (Jenna Blum)


"Ela jamais poderá contar-lhe o que começou a dizer: que passamos a amar aqueles que nos salvam"

Uma nova perspectiva sobre a 2° Guerra mundial foi me apresentado através deste livro, principalmente a história da Alemanha e do holocausto. Até então tudo o que eu sabia sobre o assunto era o que tinha aprendido em sala de aula ou visto na televisão.

A história é sobre Ana, uma jovem alemã que viveu os infortúnios da guerra. Esse é o primeiro tópico que nunca tinha me atentado sobre o assunto. O holocausto foi um episódio abominável na história da humanidade, no entanto a população alemã também sofreu muito sob o regime ditatorial de Hitler. Acompanhando a vida de Ana somos capazes de entender, mesmo que seja infimamente, a fome e a escassez que assolou a população da Alemanha. O segundo tópico é como muitos alemães voltaram-se contra o regime de Hitler e faziam o que podiam para ajudar os judeus e os prisioneiros dos campos de concentração.

Ana é uma dessas pessoas, porém ela precisa sobreviver e proteger a filha, e é aí que entra a grande questão do livro: O que uma mãe é capaz de fazer para prover essa proteção?

Temos duas histórias num mesmo livro, contadas intercaladamente. A primeiro é a que já comentei, Ana na Alemanha, a guerra, o holocausto, o sofrimento. A segunda é a história de Truddy, filha de Ana. Nesse período Ana já é idosa e Truddy está na meia idade, ambas vivem no Estados Unidos.

Devido à tudo o que Ana passou ela se nega a comentar qualquer coisa do seu passado. Truddy sofre por não saber nada sobre seu pai, ou mesmo sobre seu passado na Alemanha. Alguns flashs de memória aparecem para ela, mas tudo muito distorcido. Conforme vamos conhecendo a história de Ana, entendemos muitas coisas, que Truddy permanece sem compreender.

Através do romance pude ter uma visão mais real do que foi a Alemanha dos anos 40, mais palpável, diferente do que vemos nos documentários. Tive empatia por Ana e sofri com ela, entendi os motivos pelos quais ela teve que tomar algumas decisões e atitudes e até o porquê de seus longos silêncios.

É um ótimo livro para quem gosta de romances históricos e para quem é curioso em relação a Alemanha e a guerra. Se tiverem oportunidade, leiam.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

#Vale um sorriso - estréia


Para animar esse fim de tarde.

Em falta (2)

Apesar de ter pouquíssimos leitores, sinto que estou sendo muito displicente com o blog. Há uns meses só tenho publicado as resenhas para o Desafio Literário, e nada mais.

Com base nessa minha dor na consciência vou tentar ser mais assídua com as postagens, mesmo que elas  sejam apenas meros compartilhamentos de alguma imagem, vídeo ou texto que tenha encontrado e gostado particularmente.

Estou pensando em criar algumas tags, onde postarei conteúdos periodicamente. A primeira vai se chamar #Vale um sorriso, o conteúdo consistirá em coisas que me fizeram sorrir e que, eu espero, façam vocês também sorrirem.

Depois conforme forem surgindo idéias novas vou gradativamente colocando em prática.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

#DL 2012 - Não me abandone jamais (Kazuo Ishiguro)

Kathy está prestes a tornar-se doadora, e supondo que finalmente poderá descansar após 11 anos como cuidadora, relembra sua vida: A infância e adolescência passadas no internato Hailsham,  seus amigos Ruth e Tommy, o Casario e finalmente, sua trajetória como cuidadora.

O livro é basicamente isso, as memórias de Kathy. Para mim foi como se ela estivesse me contando pessoalmente toda a história de sua vida, numa conversa em um dia de chuva.

A linguagem usada nos leva a querer ouvir mais dessa conversa, mesmo que nada de muito interessante aconteça. Coisas tão banais da vida da Kathy acabam tendo importância para nós, como tinham para ela, e assim vamos nos envolvendo e perguntando: e aí? o que aconteceu depois?

A gente vai seguindo na leitura, onde achamos que nada demais irá acontecer, até que em um certo momento levamos um soco no estômago. Sinceramente, nunca fiquei tão triste ao ler um livro. Há uma conversa esclarecedora perto do final, onde passamos a entender vários porquês surgidos durante a história. Aquilo para mim foi muito real, e foi isso que me fez ficar tão triste. Será que aquela conversa um dia poderá acontecer? Isso resume mais ou menos o que senti, sem me arriscar a dar spoilers.

"Não consigo parar de pensar nesse rio, não sei onde, cujas águas se movem com uma velocidade impressionante. E nas duas pessoas dentro da água, tentando se segurar uma na outra, se agarrando o máximo que podem, mas no fim não dá mais. A corrente é muito forte. Eles precisam se soltar, se separar."

P.S. Praticamente todas as resenhas e sinopses deste livro contam o que não deveriam contar. Eu não entendo o porquê disso, se na maioria das vezes a parte mais legal da história é a surpresa de descobrir algum mistério. O livro não tem muitos momentos emocionantes, por isso foi uma pena eu saber de alguns detalhes antes da hora, talvez até por esse motivo eu tenha desanimado um pouco no meio da história. Enfim, NÃO LEIAM SINOPSES, vocês vão perder grande parte da "graça" do livro. 

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Nova casa para meus livros

Meus livros ganharam uma nova casa no final de semana, e arrumá-los foi uma das minhas missões.

A idéia dessa prateleira um pouco diferente foi tirada da internet, e apesar da demora a idéia finalmente foi concretizada. Achei que o efeito ficou bem legal.

Sem livros



Com livros














sexta-feira, 16 de março de 2012

#DL 2012 - Os crimes ABC (Agatha Christie)


Agatha Christie é a rainha do romance policial, isso é um fato. Todos os livros que li dela até hoje tem finais surpreendentes e inimagináveis para nós, reles mortais. Geralmente não é uma leitura difícil e, na grande maioria das vezes, nos envolvemos nos mistérios como se fossemos o próprio Hercule Poirot em busca das soluções dos crimes.

Infelizmente, e pela primeira vez, não gostei de um livro da Agatha Christie. Ao fazer minha lista para o Desafio Literário supus que, escolhendo um livro dela minhas probabilidades de errar eram muito pequenas,  um terreno seguro para mim. Eu estava errada. Não é que o livro seja ruim, pelo contrário, só acho que não estava num momento muito bom para crimes e suspense, mas vamos à história.

Em "Os crimes ABC" nosso detetive e protagonista Hercule Poirot já está se aposentando, no entanto um assassino resolve, a primeira vista, desafia-lo com seus crimes. O dia e local de cada assassinato é anunciado através de cartas assinadas por ABC e essa mesma lógica é usada por ele ao cometer os crimes, o nome da cidade e das vítimas sempre segue a ordem alfabética, mesmo que elas não tenham nada em comum entre si e a escolha pareça ser aleatória.

O fato das cartas serem destinadas a Poirot é o que mais o intriga, além da ousadia do criminoso, ao se arriscar noticiando seus crimes e mesmo assim não sendo pego pela polícia. Estaria o assassino matando as pessoas exclusimente com o fim de desafiar Poirot? Seria um louco, capaz de matar pessoas inocentes de forma fria e premeditada só para ter o prazer de ver o famoso detetive fracassar? Qual a motivação do criminoso ao matar pessoas sem ligação alguma? São essas perguntas que rondam a mente de Poirot e sofremos com ele até que o mistério seja finalmente solucionado.

Para quem quiser tirar suas próprias conclusões pode baixar o livro aqui.