sexta-feira, 16 de março de 2012

#DL 2012 - Os crimes ABC (Agatha Christie)


Agatha Christie é a rainha do romance policial, isso é um fato. Todos os livros que li dela até hoje tem finais surpreendentes e inimagináveis para nós, reles mortais. Geralmente não é uma leitura difícil e, na grande maioria das vezes, nos envolvemos nos mistérios como se fossemos o próprio Hercule Poirot em busca das soluções dos crimes.

Infelizmente, e pela primeira vez, não gostei de um livro da Agatha Christie. Ao fazer minha lista para o Desafio Literário supus que, escolhendo um livro dela minhas probabilidades de errar eram muito pequenas,  um terreno seguro para mim. Eu estava errada. Não é que o livro seja ruim, pelo contrário, só acho que não estava num momento muito bom para crimes e suspense, mas vamos à história.

Em "Os crimes ABC" nosso detetive e protagonista Hercule Poirot já está se aposentando, no entanto um assassino resolve, a primeira vista, desafia-lo com seus crimes. O dia e local de cada assassinato é anunciado através de cartas assinadas por ABC e essa mesma lógica é usada por ele ao cometer os crimes, o nome da cidade e das vítimas sempre segue a ordem alfabética, mesmo que elas não tenham nada em comum entre si e a escolha pareça ser aleatória.

O fato das cartas serem destinadas a Poirot é o que mais o intriga, além da ousadia do criminoso, ao se arriscar noticiando seus crimes e mesmo assim não sendo pego pela polícia. Estaria o assassino matando as pessoas exclusimente com o fim de desafiar Poirot? Seria um louco, capaz de matar pessoas inocentes de forma fria e premeditada só para ter o prazer de ver o famoso detetive fracassar? Qual a motivação do criminoso ao matar pessoas sem ligação alguma? São essas perguntas que rondam a mente de Poirot e sofremos com ele até que o mistério seja finalmente solucionado.

Para quem quiser tirar suas próprias conclusões pode baixar o livro aqui.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

#DL 2012 - Ana Karênina (Liev Tolstói)


 "Todas as famílias felizes são parecidas entre si. As infelizes são infelizes cada uma a sua maneira."

É com essa frase que começamos a ler "Ana Karênina" de Liev Tolstói. E enquanto avançamos na leitura, vamos percebendo que ela faz algum sentido nas histórias que se entrelaçam.

Nesse livro não há um personagem central, apesar do nome sugerir isso. Podemos imergir na história da própria Ana, como também de outras pessoas que se ligam à vida dela de alguma forma. Em cada fase da história Tolstói evidencia um dos personagens e intercala as histórias, por vezes até misturando-as. Para mim os personagens principais são Ana e Liêvin.

Ana é casada e tem um filho, sua vida é tão normal como de tantas outras mulheres, no entanto ao descobrir o amor em outro homem, tudo muda para ela. Todo seu autocontrole se esvai e ela agora tem que lidar com sentimentos que até então não conhecia, é obrigada a fazer escolhas difíceis em sua vida em nome desse amor e essas escolhas, como sempre, geram consequências, algumas demasiado pesadas para ela.

Liêvin é o mais analítico de todos os personagens, e o meu preferido também. Durante toda a história podemos acompanhar seus devaneios sobre inúmeros assuntos, desde seu amor por Kitty e sua aspiração em se casar até questões relacionadas à política e economia rural.

Apesar do livro ter sido publicado no fim do século XIX sua essência é muito atual: como nossas opiniões mudam dependendo do ponto de vista que temos. Todos se transformam na história, por muitos motivos. Essas transformações não tem nada de extraordinário, são mudanças que acontecem na vida de cada um de nós, amores que deixam de ser amores, novas crenças, arrependimentos, desilusões, recomeço.

Ajudinha: Como toda literatura russa, é muito fácil nos confundirmos com os nomes. Pra ajudar um pouco fiz uma árvore genealógica com os principais personagens e seus nomes mais usados.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Um presentinho da Larissa... Obrigada!


Ganhei um selinho da Larissa, do blog Pão e Tulipas



Liebster quer dizer, em alemão, favorito, querido, amado. Ou seja, receber este selo significa que o blog é muito querido pela pessoa que está te presenteando.



Este selo, o Liebster Blog, é repassado a blogs queridos que tenham menos de 200 seguidores, seguindo as regrinhas:

1. Link de volta com o blogueiro que lhe deu;
2. Cole o selinho em seu blog;
3. Escolha 5 blogs para repassá-lo, que tenham menos de 200 seguidores;
4. Deixar comentário avisando que estão recebendo o selinho.


Meus 5 Liebster Blog:

Lílian e Marcelo do Cabeceira Digital

Obrigada Larissa, adorei!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Amar...


Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente seu coração vai doer e talvez se partir. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto , você não deve entregá-lo á ninguém , nem mesmo a um animal. Envolva-o cuidadosamente em seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde-o na segurança do esquife de seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro, sem movimento, sem ar - ele vai mudar. Ele não vai se partir – vai tornar-se indestrutível, impenetrável , irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação. O único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e pertubações do amor é o inferno.

C. S. Lewis

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

#DL 2012 - Julie & Julia (Julie Powell)

Finalmente o primeiro livro lido do ano e do Desafio Literário 2012 também. Iupiiiiii!!!!!!

Num dias daqueles que não temos absolutamente nada pra fazer, ficamos zapiando na tv e eis que nos surge um filme que parece valer a pena assistir. Foi num dia desses que descobri "Julie & Julia". Até então nunca tinha ouvido falar nem do filme e nem do livro, mas quando comecei a assistir e vi que o assunto era um dos meus preferidos, cozinha, não larguei mais.

Fiquei sabendo que o filme fora baseado num livro, que por sua vez tinha sido baseado no blog que a própria Julie Powell escrevia enquanto enloquecia com o "Projeto Julie/Julia".

Desde então fiquei curiosa pra ler o livro, e quando surgiu o tema gastronomia no Desafio Literário, não pensei duas vezes em qual seria o meu escolhido.

Mas quem é Julie Powell? O que é o "Projeto Julie/Julia"? E essa Julia, afinal? 

Julie Powell era uma secretária nos EUA, infeliz com sua vida medíocre, resolve entrar em uma loucura, o "Projeto Julie/Julie", que consistia em fazer durante 365 dias as 524 receitas do livro de culinária francesa de Julia Child "Mastering the Art of French Cooking - volume 1".


O livro "Julie & Julia" por si só rende boas risadas, o filme então, nem se fala. Geralmente os livros são bem melhores que os filmes, mas nesse caso tenho que ser justa. Não sei se isso aconteceu porque pela primeira vez eu fiz o caminho inverso, assisti e depois li, mas os dois me encantaram de formas diferentes. Também tem o fato de o livro ser sobre gastronomia, o que na minha opinião se encaixa mais com as imagens propriamente ditas do que com nossa imaginação. Enfim, os dois valem muito a pena, e em qualquer ordem, na verdade um acrescenta ao outro.

Admiro a coragem de Julie, mesmo amando cozinha eu não seria capaz de fazer o que ela fez, mas foi essa coragem que a salvou da vida que levava. Hoje ela não é mais secretária e sim uma escritora, famosa, e creio que conseguiu sair do tédio em que vivia e dar um sentido a sua vida, graças à Julia Child e ao "Projeto Julie/Julia).

"Não tenho direito algum sobre os feitos dessa mulher(Julia Child), a não ser os direitos que tem alguém que se estava afogando sobre a pessoa que a tirou do mar."

Julie Powell