quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Desafio Literário 2012



Neste ano que se aproxima terei muitos desafios pela frente, faculdade, inglês e, como se não bastasse, resolvi entrar no Desafio Literário 2012.

2011 foi um ano de descobertas para mim, descobri que eu não queria, e nem quero, ser jornalista, redescobri os livros e me apaixonei ainda mais por eles, descobri os blogs (pasmem, eu não os conhecia) e a quantidade de pessoas, nessa imensidão chamada internet, que gostam das mesmas coisas que eu, quase descobri o que realmente quero fazer da minha vida, enfim, em meio à todas essas descobertas o Desafio Literário foi uma delas.

Funciona assim, os participantes tem que fazer uma lista com no mínimo 12 livros para serem lidos durante o ano, respeitando o tema de cada mês, além disso cada livro lido tem que ser resenhado e enviado para os organizadores do Desafio, no caso de quem tem blog é só publicar.  No final do ano tem até um sorteio pra quem conseguiu cumprir a meta dos 12 livros.

Como meu ano de 2012 será corrido e eu tenho medo que meu volume de leitura, que já não é aquelas coisas, caia bastante, resolvi entrar nessa onda, pelo menos 12 livros, fora os da faculdade, vou conseguir ler.

Vamos aos meus eleitos

Janeiro - Literatura Gastronômica
Mês dedicado ao sabor da leitura. Afinal, leitura sem gosto não tem a menor graça. Em razão disso, propomos um tema leve, divertido e saboroso; sejam em forma de crônicas, poesias, romances, diários, biografia, memórias e demais gêneros que versem sobre a temática da comida.  ATENÇÃO: Livros contendo apenas receitas não valem.


*Julie e Julia (Julie Powell)


Fevereiro - Nome Próprio (de pessoas)
Existem personagens cujo imenso carisma  ganha logo destaque na capa de um livro.  E a regra do mês é essa: só vale livros cujo título seja um nome próprio - e apenas ele -, exemplo: Quincas Borba, Benjamin, Emma. Vai ser divertido e muito fácil caçar títulos do tipo; seja na estante de casa, de uma livraria ou de uma biblioteca.  ATENÇÃO: apenas nome próprio de pessoas!

Nesse mês tenho bastante opções:

*Marina (Carlos Ruiz Zafón)
*Emma (Jane Austen)
*Jane Eyre (Charlotte Bronte)
*Anna Karênina (Leo Tolstói)


Março - Serial Killer
O tema é autoexplicativo, mas para não dar margem às dúvidas, vamos lá: Literatura policial em que há a combinação de (policiais/detetives), investigação e, claro, homicídios seriados.


*Os crimes ABC (Agatha Christie)
*O Perfume (Patrick Suskind)


Abril - Escritor(a) oriental
Que tal explorar a terra do Sol nascente e demais países do Extremo Oriente e do sul da Ásia? Entram em cena os escritores chineses, japoneses, indianos, coreanos, etc...


*A Casa das Belas Adormecidas (Yasunari Kawabata) - Japão
*Mar de papoulas (Amitav Ghosh) - Índia


Maio - Fatos Históricos
Esse mês será destinado à leitura de romances cuja trama apresente acontecimentos que marcaram a história nacional ou mundial. Frisando, apenas romances. Não valem livros de História Geral, nem biografias. 


*Aqueles que nos salvaram (Jenna Blum) - 2° Guerra Mundial



Junho - Viagem no tempo
Romances que abordem a ida de viajantes do  tempo para o passado  ou futuro. Se eles voltam ou não, só a história dirá. Em tempo: Livros científicos ficam de fora. 


*Contato (Carl Sagan)


Julho - Prêmio Jabuti
Esse é o prêmio mais importante do cenário literário brasileiro. E conta com 29 categorias, mas para fins do Desafio literário valem apenas as categorias  Livro do Ano  e  Romance, de qualquer uma das 53ª edições da referida premiação leitura. Para abrir mais o leque de opções:  Além das obras ganhadoras, é permitida a leitura das obras indicadas ao prêmio. Clique no link abaixo e pesquise:  http://www.cbl.org.br/jabuti/telas/edicoes-anteriores/ 


*A hora da estrela (Clarice Lispector) - Romance 1978
*Estação Carandiru (Dráuzio Varella) - Livro do ano 2000
*O silêncio da chuva (Luís Alfredo Garcia-Roza) - Romance 1997


Agosto - Terror
O tema impõe a regra: tem que ser história que mete medo.  Pode ser suspense psicológico ou sobrenatural, isto é, valem tanto as histórias com personagens sobrenaturais (vampiro, zumbi, bruxas, lobisomem...) como as narrativas com personagens humanos.


*A volta do parafuso (Henry James)
*Contos do terror (Edgar Allan Poe)


Setembro - Mitologia Universal
Romances, poesias, contos que abordem mitos e lendas de culturas distintas (brasileira, Greco-romana, céltica, indiana, mexicana, nórdica, etc...).  É um universo de opções!!! Mas até que Setembro chegue, há um bom tempo para a pesquisa e aquisição. É manda ver.


*As crônicas de Nárnia (C. S. Lewis)


Outubro - Graphic Novel 
Vamos nos divertir mais! Para quem não sabe, Graphic Novel é um romance gráfico com enredos longos e complexos no formato de história em quadrinhos. ATENÇÃO: não valem gibis, aqueles de periodicidade mensal.


*Persépolis (Marjani Satrapi)


Novembro - Escritor(a) africano
Que tal ler um autor nascido na grande mãe África? Pegue o mapa e monte o seu roteiro literário pelo continente africano.


*Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (Mia Couto) - Moçambique
*Vida e época de Michael K (J. M. Coetzee) - Cidade do Cabo


Dezembro - Poesia
A correria típica do mês pede descanso, especialmente, para a alma. Vamos de lavar a alma com poesia! De qualquer forma e jeito, valem Haicais, acrósticos, épicos,  cânticos, elegias..., em outras palavras, pesquise, pesquise, pesquise!)


*Em alguma parte alguma (Ferreira Gullar)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Rir é contagioso!



"Observemos, de passagem, que, se a doença e a tristeza são facilmente contagiosas, também, por uma justa compensação das coisas deste mundo, nada há de mais irresistivelmente contagioso que a risada e o bom-humor."

 (Charles Dickens, em "Um conto de natal")

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Aprendendo a ser um escritor


Um sonho meu desde quando conheci os prazeres da leitura é proporcionar isso para outras pessoas, escrevendo.
Sempre achei um sonho impossível. Pra mim só as pessoas com dom podiam escrever e eu definitivamente não era uma delas. Através dos próprios livros descobri que as coisas não são bem assim e meu sonho passou a ser um pouco mais palpável.

O primeiro passo já dei sem saber, há muito tempo atrás, quando conheci e me apaixonei pelos livros. Agora, devagarinho e sempre, vou "estudando" o que posso, para que um dia, quem sabe, realize meu sonho.

Um livro está sendo minha bíblia nessa empreitada, "Cartas a um jovem escritor", do gênio Mario Vargas Llosa. É um livro pequeninho, que pode ser lido em apenas um dia, mas o conteúdo dele é maravilhoso pra quem quer escrever e até mesmo pra quem quer entender um pouquinho mais do processo da escrita.

Assim vou caminhando, devagar. Meu próximo passo é entrar na faculdade, se tudo der certo no começo do ano que vem estarei estudando Letras e conhecendo mais da minha paixão, ler, e do meu sonho, escrever.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Quase


Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.


A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. 
 
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.


De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.


Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.


Sarah Westphal

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Rede social para leitores, pode? é claro que pode!


Hoje em dia a internet nos apresenta um mundo até então desconhecido para muitos. Milhares de sites sobre quase todos os assuntos possíveis e imagináveis, uma quantidade incrível de blogs e muitas, mas muitas redes sociais.

Entre elas eu encontrei esse primor, uma jóia rara para os amantes da leitura (posso estar exagerando um pouquinho, é que sinto falta de amigos para falar sobre literatura, talvez essa seja a minha solução).

O nome é bem diferente: Skoob

No site podemos fazer nossa própria estante virtual, onde selecionamos vários livros e os classificamos como lidos, vou ler, lendo, se tenho ou desejo, entre outros. Essa ferramenta é ótima para organizarmos todas os livros que preenchem nossa mente, fiquei muto feliz porque já fazia isso em meu caderninho de anotações, agora tenho uma rede social só para isso.

Além disso há uma ferramenta chamada Plus, que permite a troca de livros entre os leitores. O esquema é muito parecido com o site Livralivro que já havia comentado aqui, no entanto achei essa ferramenta do Skoob muito melhor e com muito mais livros disponíveis, pena que agora eu tenha tão poucos para trocar.

Para quem quer se aventurar: http://www.skoob.com.br/

Querida Sofia

Dificilmente vemos comerciais que realmente valem a pena assistir e que nos emocionam de verdade. E quem sabe até tirar boas idéias deles, ou lições de vida, por que não?

Esse é do Google Chrome, não vou falar nada pra não estragar a surpresa.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Filme "One Day"

No dia 04 de novembro será lançado o filme "One Day" baseado no livro "Um dia" de David Nicholls.

Como já citei aqui a história é maravilhosa e o filme, pelo que vi no trailler, também será muito bom.

Abaixo o trailler, pra já ficarmos com água na boca.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Noah Gordon - "O físico" e "La bodega


Noah Gordon é um dos meus autores preferidos. Li três livros dele, mas com certeza o meu preferido é "O Físico", só ficando atrás de "Orgulho e preconceito" na minha lista de favoritos.

Uma das coisas que mais aprecio nas obras de Noah Gordon são as incríveis referências históricas que ele faz, "O físico" é um exemplo claro disso e creio que o que mais me encantou nesse livro foi a incrível viagem que fiz junto com Rob J. Cole pela europa medieval do século XI, primeiro como órfão e aprendiz de barbeiro-cirurgião, depois indo até a antiga Pérsia para aprender medicina. Descobri a cultura dos judeus, a dificuldade em se estudar medicina naquele tempo, a determinação de um jovem em aprender como curar as pessoas. Noah Gordon consegue, de uma forma deslumbrante, misturar história (com inúmeras pesquisas que ele faz antes de escrever cada livro) com ficção.

É um livro fascinante. Não há outra palavra. Mesmo na segunda vez que o li não conseguia largá-lo.

Terminei semana passada de ler o livro mais recente do autor, publicado em 2007. "La Bodega"

Ganhei esse livro há algum tempo e tentei começar a lê-lo umas 4 vezes, todas sem sucesso. Enfim, depois de uma tentativa frustrada de ler Henry James (não conseguia entender uma palavra do que ele escrevia) resolvi retomar o "La bodega" e dessa vez terminá-lo sem mais desculpas.

Minha determinação funcionou, como já tinha lido o começo do livro 4 vezes e isso não tinha me prendido, dessa vez não foi diferente, no entanto quando persisti descobri que por trás das primeiras páginas havia um livro mais interessante do que eu imaginava.

Dessa vez viajei pela Espanha do séc. XIX, vendo através das palavras de Noah Gordon um jovem tentando reconstruir sua vida e seu vinhedo após a morte de seu pai. Como no físico, onde quase tudo se relacionava de alguma forma com a medicina e com o desejo de Rob J. de ser médico, na bodega tudo se relaciona com vinho.

Eu particularmente não gosto de vinho, mas o autor nos mostra a arte de cultivar uvas, produzir vinhos e saboreá-los de uma forma tão incrível que tive dúvidas se realmente não gostava (quando terminei o livro tomei um gole e confirmei, eu realmente não gosto).

Como "O físico" é meu parâmetro de comparação para qualquer livro que leia do Noah Gordon, nunca consigo encontrar algum que chegue aos seus pés. De qualquer forma continuo adorando o autor e indicando seus livros, mas como "O físico" não tem igual.

P.S. "O físico" tem sua continuação em mais dois livros: "Xamã" e "A escolha da Dra. Cole". A saga conta a história dos descendentes longíquos de Rob J. Cole, que também são médicos. Desses só li o "Xamã", porém fiquei um pouco decepcionada, esse é o motivo por não te-lo citado lá em cima.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Little Dorrit - Série BBC



Esta série, produzida pela BBC, é baseada no livro homônimo de Charles Dickens.

Pode até ser uma vergonha pra mim, mas não conhecia nada do autor até então. Simplesmente me apaixonei pela história , a única pena é que não encontro nenhuma tradução completa para o português, é um livrinho tão pequenininho, só tem 800 páginas, rs.

Amy Dorrit, conhecida por todos como Little Dorrit, nasceu e foi criada na prisão para devedores Marshalsea. Seu pai fora preso muito anos antes de Amy nascer e desde então a prisão tornou-se sua casa.

Arthur Clennam viveu muitos anos na China junto com seu pai, cuidando de negócios de família. No leito de morte o pai lhe dá um relógio e agonizando pede que ele conserte. Arthur sabe que não é o relógio que tem que ser consertado, mas sim algum erro da família que fora cometido muito tempo atrás. Ele então volta para Londres para tentar descobrir com sua mãe, que é uma mejera, qual foi esse erro e como consertá-lo.
Quando chega em casa vê que sua mãe, que não é muito inclinada à caridades, contratou uma moça (Amy Dorrit) para costurar para ela. Ele então acha que o que o pai lhe dissera tem a ver com a família Dorrit de alguma forma e tenta de todo o jeito descobrir qual a ligação entre a família Clennam e a família Dorrit.

Muitas coisas serão descobertas sobre essa ligação, mesmo que tudo só seja revelado no final e que todos os fios só se liguem nesse momento. 

Amy e Arthur são a docura e bondade em pessoa, mesmo não podendo comparar com o livro acho que os atores interpretaram muitissimo bem seus papéis, eu acabei me apaixonando pelos dois.

A história tem muitos personagens secundários, a princípio nos parece que não há ligação alguma entre eles, mas descobrimos que todos são importantes para trama. O romance é lindo e, além disso, há muitas críticas à sociedade da época. Eu fiquei incrivelmente encantada.


quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Em falta

Sei que estou em falta com vocês, mesmo sem saber quem vocês são.

Cheguei ao 59° livro lido, "As travessuras da menina má" de Mário Vargas Llosa. Achei um livro tão bonito, tão tocante, mas desde quando terminei de lê-lo não sei o que dizer aqui. O que dizer do amor quase incondicionál do Ricardito pela menina má? O que dizer sobre todas as travessuras e maldades dela e de todas as vezes que ele a perdoava?

Não sei. Essa é a resposta, e pior que isso, não sei porque não sei. Definitivamente, é um livro que merece minha boa opinião, apesar de eu não ser grande coisa. Ele tem minha boa opinião, mas simplesmente não consigo colocá-la em palavras, nem mesmo em pensamento.

Não consigo achar uma palavra para descrever esse livro, talvez seja essa a difuculdade de resenhá-lo e de dizer o que senti. É inútil tentar, estaria forçando uma coisa que não deve de maneira alguma ser forçada.

Lamento, mas esse ficarei devendo.




quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Ler (2)



Já me perguntaram como consigo ler o mesmo livro várias vezes. Hoje descobri a resposta.

Além, é claro, de ter uma memória muito ruim e esquecer das histórias que tanto me envolveram após alguns meses depois de lidas, também há um outro motivo.

Descobri que amo ler, em seu sentido mais literal. Amo ler as palavras e expressões como são escritas e sentir a emoção que cada frase me provoca. Mesmo sabendo o que vai acontecer no final: se o casal vai ficar junto ou não, se um desejo enfim se realizará, se tudo dará certo ou errado. Creio que na primeira leitura todos essas curiosidades são de extrema importância, mas após saber tudo o que acontece posso, nas próximas leituras, saborear as palavras e a forma como elas são escritas de uma forma toda especial. Talvez o final até deixe de importar nesse momento e o que realmente passa a valer é cada palavra percorrida pelos meus olhos.

Posso ler o mesmo livro mil vezes, apesar de nunca ter experimentado tal feito, e sei que ele sempre me causará emoções. A história importa, mas o que realmente me fascina é o modo como ela é contada.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

As aventuras de Tom Sawyer - Mark Twain


Sigo na minha luta para chegar aos 100 livros lidos, acabo de terminar o 58°

As aventuras do Tom Sawyer nos rende boas risadas. Ele é um menino muito, mais muito travesso, e a gente acaba se envolvendo nas travessuras dele.

Essa imagem é da minha parte preferida do livro, quando o Tom fica de castigo por uma de suas artes e tem que pintar a cerca durante o sábado, o dia livre em que todas as crianças podem brincar. Mas ele acha uma saída muito inteligente, e nessa parte o autor ainda nos dá uma lição:

"Descobrira, sem o saber, uma grande lei que rege a humanidade e que é: para se conseguir que um homem ou um menino cobice uma coisa, basta tornar essa coisa difícil de obter".


O úncio problema do livro é que ele não te prende. Não é daqueles livros que você lê em dois dias porque quer logo saber o final e que te faz querer enlouquecidamente saber o que há na página seguinte.

Mas recomendo, principalmente para o público infanto-juvenil, só é preciso tomar cuidado para que as crianças que leem este livro não queiram colocar em prática as mesmas peripécias do Tom Sawyer.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Bibliotecas pelo mundo

Acho que boa parte dos amantes da leitura acham as bibliotecas lindas e encantadoras. Seguem algumas que achei por esse mundão da internet. Curtam.

Biblioteca Angélica - Roma - Itália

Biblioteca Municipal de Estocolmo
Biblioteca George Peabody - Maryland - EUA

Biblioteca Britânica

E as mais interessantes ficaram para o final:

Biblioteca  Pública de Kansas City - EUA

Cabine Telefônica transformada em biblioteca - Somerset - Ing
Somerset, Inglaterra

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Troca livro

Alguém sabia que dá pra trocar livros pela internet?
É isso mesmo, descobri hoje no blog "Livros abertos" da jornalista Camila Kehl e resolvi compartilhar a dica.

Achei super interessante a idéia, além de ser uma ferramenta muito útil nos dias de hoje. No site explica como funciona:

1. Você monta uma lista de livros que possui para trocar e outra dos que gostaria de obter.
2. Quando um usuário solicitar um dos seus livros, você o envia pelo correio.
3. O livro sendo recebido, você ganha 1 ponto para solicitar 1 outro livro.

É uma boa forma de nos desvencilharmos de livros dos quais não gostamos e ter oportunidades de ler novas histórias sem gastar muito dinheiro (o único custo é o do frete).

Vale a pena tentar: www.livralivro.com.br

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Como me sinto em relação ao facebook



Onte li um artigo muito legal sobre o facebook na Folha de S. Paulo, é mais ou menos como me sinto em relação à essa rede social. Segue o texto:


Curti (não curti) isso
Marcelo Coelho 

No Facebook, você se torna ao mesmo tempo a celebridade, o consumidor e o anunciante do produto


Ficar nesse frio debaixo do cobertor... Que delíííciaaa... Receita de bolo de cenoura. Curti isso. Mais uma foto do meu yorkshire Léo. Ele não é fofinho?

Clico para ver a foto (estou no Facebook, é claro). Há outras 20 fotos praticamente iguais: o cachorro em cima da almofada, o cachorro de lado no ladrilho, o cachorro de frente no sofá.

Depois de alguma resistência, deixei o velho Orkut e entrei no Facebook. É melhor, dizem. Entretanto tenho saudades do antigo site de relacionamento. Seu ar parado, suas cores gastas, seu mobiliário visual, tudo agora me lembra uma estação de trem centro-europeia, os croissants meio murchos na sua confeitaria de madeira e vidro, patinada de esperas e carvão.

Perto do Orkut -seus entroncamentos, seus guichês-, o Facebook é um aeroporto superlotado, onde avisos inúteis se repetem pelos alto-falantes e onde me sinto invariavelmente perdido. Nem a mais demente produção de spams na minha caixa de e-mail equivale à atividade que me chega pelo Facebook. Fico até aflito de ver pessoas postando de 15 em 15 minutos, durante toda a extensão do dia. A falta de fazer nunca deu tanto trabalho.

Peço desculpas aos amigos (tanto os que conheço quanto os que não conheço). Mas estou bloqueando muita gente. Faço exceção a alguns que se especializaram em mandar links. Uma notícia, um clipe, um filme: aí o Facebook cumpre a função, acho, de repercutir alguma coisa, de servir como atalho a algum outro meio de informação.

Mas chega de rabugice. No fim, mesmo os posts mais banais são boas notícias. As pessoas estão bem, estão vivas e parecem, numa média impressionante, bastante felizes.

Como tantos outros meios de comunicação, e o celular é o maior exemplo, o Facebook não funciona apenas, nem funciona a maior parte do tempo, para "comunicar" algum conteúdo. Sua função é dar sinais -sinais de existência. Aquilo que os especialistas chamam de "função fática" ("Você está aí?", "Você está me ouvindo?", "Oi! E aí?") preenche muito do que se transmite no Facebook.

Há uns 20 anos mais ou menos, escrevi na Ilustrada que, uma vez resolvido o problema da distribuição de riquezas, a grande desigualdade nas economias desenvolvidas parecia ser a da fama.

Muito poucos possuem toda a fama, enquanto a maioria sobrevive no anonimato. O Facebook resolve, aparentemente, essa injustiça. Qualquer pessoa, mesmo que não se torne uma celebridade no número de acessos e de amigos, pode ser tão banal como uma estrela pop. Fala de suas preferências, de sua rotina, da roupa que comprou, das marcas que prefere...

E aos poucos vai caindo a ficha, para mim, sobre a utilidade do Facebook. Entre as ferramentas do Facebook, existe aquela do polegar para cima, o "curti". Reparei que não existe, entretanto, a ferramenta oposta. O "não curti", que sem dúvida eu empregaria com relativa frequência, não está previsto.

Talvez seja melhor assim: muita briga se evita com essa omissão. Mas o ponto é importante. Curtir alguma coisa, com o polegar para cima, é algo que pertence ao repertório da publicidade. Cada vez que eu for a um restaurante, comprar determinado xampu, assistir a determinado filme, posso ir ao Facebook (se é que saí dele) e marcar com o dedão meu apoio ao tal produto.

Inventou-se, com isso, uma máquina irresistível. Com o YouTube, você produz, em tese, o conteúdo (cômico, trágico ou tolo) que na TV profissionais bem pagos se esfalfam para inventar.

Com o Facebook, você se encarrega da outra ponta do processo: além do conteúdo, você produz também o anúncio, aquilo que os publicitários quebram a cabeça para criar.

Você se torna ao mesmo tempo a celebridade, o consumidor e o anunciante. Minha paranoia se acelera. E se, no meio daqueles "amigos" que não conheço, existir algum testa de ferro, algum laranja de uma agência de publicidade ou de uma grande empresa, fazendo-me consumir o que não desejo?

A paranoia se dissipa: não, é conspiratório demais. Não há testas de ferro. Em seguida, a paranoia renasce com mais força: mas não estamos, todos nós, sendo testas de ferro, laranjas a serviço daquela coisa?
Bem que poderiam pagar para os membros mais produtivos do Facebook. Mas aí perderia a graça.

Folha de S. Paulo - Caderno ilustrada - 10 de Agosto de 2011

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Um dia - David Nicholls



Finalmente o 57° livro terminado.

Demorei um pouquinho pra postar, já que li a última página, com lágrimas nos olhos, na segunda-feira.

Não há comentários sobre o livro, é simplesmente intenso e realista.

Dexter e Emma se conhecem na noite de formatura da faculdade, dormem e passam o dia seguinte juntos e se separam para cada um viver sua vida. A partir daí a história é contada, durante os próximos 20 anos, sempre no aniversário do dia em que se conheceram, 15 de Julho.

Em cada capítulo há uma surpresa diferente, pois nunca sabemos o que aconteceu com essas vidas no intervalo de um ano, seus encontros e desencontros, o rumo que cada um tomou, seus pensamentos, projetos, decepções.

Foi um dos livros mais lindos e emocionantes que já li, chorei desde os primeiros capítulos até a última página. Porém vale uma ressalva: Não leia em busca de um final feliz, mas sim viva cada capítulo. É como a vida, não há finais felizes e sim a continuidade, a superação, as memórias, as alegrias e as tristezas.

Perfeito pelo seu realismo, emocionante como a vida é (sem percebermos) e envolvente como todo bom livro.

P.S. Como eu quis esganar o Dexter durante a leitura.
P.S 2 O filme sobre o livro está com estréia prevista para 04 de Novembro, tô louca pra ver.

Minha biblioteca mental

Aí estão todos os livros que já li (só faltou um) e suas fotinhos.
Mais abaixo, os títulos e seus respectivos autores:


1 -Pollyanna (Elanor H. Porter)
2 - Pollyanna Moça (Elanor H. Porter)
3 - Sem família (Hector Malot)
4 - Depois daquela viagem (Valéria Piazza Polizzi)
5 - Orgulho e Preconceito (Jane Austen)
6 - Persuasão (Jane Austen)
7 - O caso dos dez negrinhos (Agatha Christie)
8 - Assassinato no Expresso do Oriente (Agatha Christie)
9 - O menino do pijama listrado (John Boyne)
10 - A cabana (Willian Young)
11 - O caçador de pipas (Khaled Houssein)
12 - A cidade do sol (Khaled Houssein)
13 - O sobrinho do mago (C. S. Lewis)
14 - O Leão, a feiticeira e o guarda-roupa (C. S. Lewis)
15 - O cavalo e seu menino (C. S. Lewis)
16 - Feito de modo especial e admirável (Philip Yansey)
17 - Casais inteligentes enriquecem juntos (Gustava Cerbasi)
18 - A marca de uma lágrima (Pedro Bandeira)
19 - Dom Casmurro (Machado de Assis)
20 - Lucíola (José de Alencar)
21 - Vidas secas (Graciliano Ramos)
22 - Melancia (Marian Keyes)
23 -Fiesta (Kate Kann)
24 - Crônicas de amor (vários)
25 - Cem sonetos de amor (Pablo Neruda)
26 - Morte e vida severina (João Cabral de Mello Neto)
27 - O pequeno príncipe (Antoine de Saint-Exupery)
28 - O estudante (Adelaide Carraro)
29 - Para uma menina com uma flor (Vinícius de Morais)
30 - Eu te procuro (Ângela Carneiro)
31 - Édipo rei (Sofócles)
32 - Para gostar de ler - volume 7 - crônicas (vários)
33 - A lição final (Randy Pausch)
34 - A menina que roubava livros (Marcus zusak)
35 - Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor? (Allan e Barbara Pease)
36 - O Físico (Noah Gordon)
37 - Xamã (Noah Gordon)
38 - Meu pé de laranja lima (José Mauro de Vasconcelos)
39 - O Diário da Princesa (Meg Cabot)
40 - Sushi (Marian Keyes)
41 - Os homens que não amavam as mulheres (Stieg Larsson)
42 - Sagarana (João Guimarães Rosa)
43 - O rei da vela (Oswald de Andrade)
44 - Treze à mesa (Agatha Christie)
45 - A ilha (Fernando Morais)
46 - A cor púrpura (Alice Walker)
47 - Querido John (Nicholas Sparks)
48 - Admirável mundo novo (Aldous Huxley)
49 - A sangue-quente (vários)
50 - Crime e Castigo (Dostoiévski)
51 - 1984 (George Orwell)
52 - A sombra do vento (Carlos Ruiz Záfon)
53 - O ensaio sobre a cegueira (José Saramago)
54 - O outro lado de Orgulho e Preconceito (Laerthe)
55 - Mr Darcy Diary (Amanda Grange)
56 - A abadia de Northanger (Jane Austen)
57 - Um dia (David Nicholls)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dose de saudosismo


Ontem à noite tive uma grande dose de saudosismo, começando por essa música do Milton Nascimento, que é linda e marcou muito a melhor fase da minha vida.

Na época era de uma novela, mas o que me marcou foi meu namorado ter cantado ela pra mim quando ainda nem namorávamos. Não precisou muito pra ela marcar toda nossa primeira fase de namoro, além da letra combinar perfeitamente com tudo o que estava acontecendo. Até hoje quando a escuto me passa um filme na cabeça. Um filme lindo.

Segue a letra:

Outro Lugar
Milton Nascimento
Letra: Elder Costa

Cê sabe que as canções são todas feitas pra você
E vivo porque acredito nesse nosso doido amor
Não vê que tá errado, tá errado me querer quando convém
E se eu não tô enganado acho que você me ama também

O dia amanheceu chovendo e a saudade me contém
O céu já tá estrelado e tá cansado de zelar pelo meu bem
Vem logo que esse trem já tá na hora, tá na hora de partir
E eu já tô molhado, tô molhado de esperar você aqui

Amor eu gosto tanto, eu amo, amo tanto o seu olhar
Andei por esse mundo louco, doido, solto com sede de amar
Igual a um beija-flor, que beija-flor,
De flor em flor eu quis beijar
Por isso não demora que a história passa e pode me levar
E eu não quero ir, não posso ir pra lado algum
Enquanto não voltar
Não quero que isso aqui dentro de mim
Vá embora e tome outro lugar
Talvez a vida mude e nossa estrada pode se cruzar
Amor, meu grande amor, estou sentindo
Que está chegando a hora de dormir.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A Abadia de Northanger



Mais uma obra da Jane Austen para minha lista de livros lidos.

Uma obra bem no estilo da autora, mais leve que os outros livros e nos rende algumas risadas em alguns pontos. Particularmete gostei. Vamos a uma breve sinopse:

Catherine Morland mora no interior da Inglaterra, tem nove irmãos e nenhuma amiga e pretendentes por perto.Quando criança não era bonita e nem se interessava pelas coisas de menina, gostava de correr e, ao invés de colher flores, como todas as meninas, simplesmente arrancava as que lhe eram proibido mexer, apesar disso era uma menina boa e não tinha mau gênio. Ao tornar-se adolescente ficou menos feia, como diziam seus pais, e começou a interessar-se por bailes e romances de terror.

Aos dezessete anos foi convidada por um casal amigo da família para ir a Bath, e lá metade da história se desenrolou e foi lá também que, segundo a autora, Catherine começou a ser heroína e encontrou seu herói.

Mais tarde foi convidada à ir para Abadia de Northanger, onde sua imaginação, aguçada pelos romances que lera, faz alguns passeios incríveis.

Esse é 56° Livro que leio... será que consigo chegar aos 100°?

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ler


Há aquele velho ditado: O trabalho dignifica o homem. No entanto para mim a leitura dignifica o homem.

Sou tão apaixonada por leitura, que as vezes pareço uma louca desvairada por livros, comprando-os sem pensar, às vezes até me arrependo, mas quando vejo minha estante cheia deles me orgulho. Também leio uns quantos ao mesmo tempo, chegando até a confundir as histórias.

Mas esse alvoroço e essa ansiedade em ler todos os livros que existem na Terra só se aflora em algumas épocas do ano, na maior parte dele sou mais contida e consigo ler um livro de cada vez, não deixando de ficar totalmente absorta e envolvida nas histórias.

Adoro viajar por todos aqueles lugares desconhecidos, conhecer novas pessoas, viver vidas que não são a minha, e por algumas horas do dia mergulho nas histórias de uma tal forma que cada personagem torna-se meu amigo, ou inimigo, passo a conhecer cada casa como se fosse a minha, passeio por jardins, bosques, florestas e desertos, conheço vários mundos tendo apenas um livro em minhas mãos e minha imaginação.

Enfim, cada livro que leio torna-se parte da minha vida, me altera de alguma forma, me faz ser uma pessoa melhor, diferente, uma soma das experiências que vivi na minha própria vida e das experiências que vivi através dos personagens que conheço.