segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Noah Gordon - "O físico" e "La bodega


Noah Gordon é um dos meus autores preferidos. Li três livros dele, mas com certeza o meu preferido é "O Físico", só ficando atrás de "Orgulho e preconceito" na minha lista de favoritos.

Uma das coisas que mais aprecio nas obras de Noah Gordon são as incríveis referências históricas que ele faz, "O físico" é um exemplo claro disso e creio que o que mais me encantou nesse livro foi a incrível viagem que fiz junto com Rob J. Cole pela europa medieval do século XI, primeiro como órfão e aprendiz de barbeiro-cirurgião, depois indo até a antiga Pérsia para aprender medicina. Descobri a cultura dos judeus, a dificuldade em se estudar medicina naquele tempo, a determinação de um jovem em aprender como curar as pessoas. Noah Gordon consegue, de uma forma deslumbrante, misturar história (com inúmeras pesquisas que ele faz antes de escrever cada livro) com ficção.

É um livro fascinante. Não há outra palavra. Mesmo na segunda vez que o li não conseguia largá-lo.

Terminei semana passada de ler o livro mais recente do autor, publicado em 2007. "La Bodega"

Ganhei esse livro há algum tempo e tentei começar a lê-lo umas 4 vezes, todas sem sucesso. Enfim, depois de uma tentativa frustrada de ler Henry James (não conseguia entender uma palavra do que ele escrevia) resolvi retomar o "La bodega" e dessa vez terminá-lo sem mais desculpas.

Minha determinação funcionou, como já tinha lido o começo do livro 4 vezes e isso não tinha me prendido, dessa vez não foi diferente, no entanto quando persisti descobri que por trás das primeiras páginas havia um livro mais interessante do que eu imaginava.

Dessa vez viajei pela Espanha do séc. XIX, vendo através das palavras de Noah Gordon um jovem tentando reconstruir sua vida e seu vinhedo após a morte de seu pai. Como no físico, onde quase tudo se relacionava de alguma forma com a medicina e com o desejo de Rob J. de ser médico, na bodega tudo se relaciona com vinho.

Eu particularmente não gosto de vinho, mas o autor nos mostra a arte de cultivar uvas, produzir vinhos e saboreá-los de uma forma tão incrível que tive dúvidas se realmente não gostava (quando terminei o livro tomei um gole e confirmei, eu realmente não gosto).

Como "O físico" é meu parâmetro de comparação para qualquer livro que leia do Noah Gordon, nunca consigo encontrar algum que chegue aos seus pés. De qualquer forma continuo adorando o autor e indicando seus livros, mas como "O físico" não tem igual.

P.S. "O físico" tem sua continuação em mais dois livros: "Xamã" e "A escolha da Dra. Cole". A saga conta a história dos descendentes longíquos de Rob J. Cole, que também são médicos. Desses só li o "Xamã", porém fiquei um pouco decepcionada, esse é o motivo por não te-lo citado lá em cima.

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