Sei que estou em falta com vocês, mesmo sem saber quem vocês são.
Cheguei ao 59° livro lido, "As travessuras da menina má" de Mário Vargas Llosa. Achei um livro tão bonito, tão tocante, mas desde quando terminei de lê-lo não sei o que dizer aqui. O que dizer do amor quase incondicionál do Ricardito pela menina má? O que dizer sobre todas as travessuras e maldades dela e de todas as vezes que ele a perdoava?
Não sei. Essa é a resposta, e pior que isso, não sei porque não sei. Definitivamente, é um livro que merece minha boa opinião, apesar de eu não ser grande coisa. Ele tem minha boa opinião, mas simplesmente não consigo colocá-la em palavras, nem mesmo em pensamento.
Não consigo achar uma palavra para descrever esse livro, talvez seja essa a difuculdade de resenhá-lo e de dizer o que senti. É inútil tentar, estaria forçando uma coisa que não deve de maneira alguma ser forçada.
Lamento, mas esse ficarei devendo.
"Um livro aberto é um cérebro que fala; Fechado, um amigo que espera; Esquecido, uma alma que perdoa; Destruído, um coração que chora". Voltaire.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Ler (2)
Já me perguntaram como consigo ler o mesmo livro várias vezes. Hoje descobri a resposta.
Além, é claro, de ter uma memória muito ruim e esquecer das histórias que tanto me envolveram após alguns meses depois de lidas, também há um outro motivo.
Descobri que amo ler, em seu sentido mais literal. Amo ler as palavras e expressões como são escritas e sentir a emoção que cada frase me provoca. Mesmo sabendo o que vai acontecer no final: se o casal vai ficar junto ou não, se um desejo enfim se realizará, se tudo dará certo ou errado. Creio que na primeira leitura todos essas curiosidades são de extrema importância, mas após saber tudo o que acontece posso, nas próximas leituras, saborear as palavras e a forma como elas são escritas de uma forma toda especial. Talvez o final até deixe de importar nesse momento e o que realmente passa a valer é cada palavra percorrida pelos meus olhos.
Posso ler o mesmo livro mil vezes, apesar de nunca ter experimentado tal feito, e sei que ele sempre me causará emoções. A história importa, mas o que realmente me fascina é o modo como ela é contada.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
As aventuras de Tom Sawyer - Mark Twain
Sigo na minha luta para chegar aos 100 livros lidos, acabo de terminar o 58°
As aventuras do Tom Sawyer nos rende boas risadas. Ele é um menino muito, mais muito travesso, e a gente acaba se envolvendo nas travessuras dele.
Essa imagem é da minha parte preferida do livro, quando o Tom fica de castigo por uma de suas artes e tem que pintar a cerca durante o sábado, o dia livre em que todas as crianças podem brincar. Mas ele acha uma saída muito inteligente, e nessa parte o autor ainda nos dá uma lição:
"Descobrira, sem o saber, uma grande lei que rege a humanidade e que é: para se conseguir que um homem ou um menino cobice uma coisa, basta tornar essa coisa difícil de obter".
O úncio problema do livro é que ele não te prende. Não é daqueles livros que você lê em dois dias porque quer logo saber o final e que te faz querer enlouquecidamente saber o que há na página seguinte.
Mas recomendo, principalmente para o público infanto-juvenil, só é preciso tomar cuidado para que as crianças que leem este livro não queiram colocar em prática as mesmas peripécias do Tom Sawyer.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Bibliotecas pelo mundo
Acho que boa parte dos amantes da leitura acham as bibliotecas lindas e encantadoras. Seguem algumas que achei por esse mundão da internet. Curtam.
E as mais interessantes ficaram para o final:
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Biblioteca Angélica - Roma - Itália |
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Biblioteca Municipal de Estocolmo |
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Biblioteca George Peabody - Maryland - EUA |
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Biblioteca Britânica |
E as mais interessantes ficaram para o final:
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Biblioteca Pública de Kansas City - EUA |
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Cabine Telefônica transformada em biblioteca - Somerset - Ing Somerset, Inglaterra |
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Troca livro
Alguém sabia que dá pra trocar livros pela internet?
É isso mesmo, descobri hoje no blog "Livros abertos" da jornalista Camila Kehl e resolvi compartilhar a dica.
Achei super interessante a idéia, além de ser uma ferramenta muito útil nos dias de hoje. No site explica como funciona:
1. Você monta uma lista de livros que possui para trocar e outra dos que gostaria de obter.
2. Quando um usuário solicitar um dos seus livros, você o envia pelo correio.
3. O livro sendo recebido, você ganha 1 ponto para solicitar 1 outro livro.
É uma boa forma de nos desvencilharmos de livros dos quais não gostamos e ter oportunidades de ler novas histórias sem gastar muito dinheiro (o único custo é o do frete).
Vale a pena tentar: www.livralivro.com.br
É isso mesmo, descobri hoje no blog "Livros abertos" da jornalista Camila Kehl e resolvi compartilhar a dica.
Achei super interessante a idéia, além de ser uma ferramenta muito útil nos dias de hoje. No site explica como funciona:
1. Você monta uma lista de livros que possui para trocar e outra dos que gostaria de obter.
2. Quando um usuário solicitar um dos seus livros, você o envia pelo correio.
3. O livro sendo recebido, você ganha 1 ponto para solicitar 1 outro livro.
É uma boa forma de nos desvencilharmos de livros dos quais não gostamos e ter oportunidades de ler novas histórias sem gastar muito dinheiro (o único custo é o do frete).
Vale a pena tentar: www.livralivro.com.br
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Como me sinto em relação ao facebook
Onte li um artigo muito legal sobre o facebook na Folha de S. Paulo, é mais ou menos como me sinto em relação à essa rede social. Segue o texto:
Curti (não curti) isso
Marcelo Coelho
No Facebook, você se torna ao mesmo tempo a celebridade, o consumidor e o anunciante do produto
Ficar nesse frio debaixo do cobertor... Que delíííciaaa... Receita de bolo de cenoura. Curti isso. Mais uma foto do meu yorkshire Léo. Ele não é fofinho?
Clico para ver a foto (estou no Facebook, é claro). Há outras 20 fotos praticamente iguais: o cachorro em cima da almofada, o cachorro de lado no ladrilho, o cachorro de frente no sofá.
Depois de alguma resistência, deixei o velho Orkut e entrei no Facebook. É melhor, dizem. Entretanto tenho saudades do antigo site de relacionamento. Seu ar parado, suas cores gastas, seu mobiliário visual, tudo agora me lembra uma estação de trem centro-europeia, os croissants meio murchos na sua confeitaria de madeira e vidro, patinada de esperas e carvão.
Perto do Orkut -seus entroncamentos, seus guichês-, o Facebook é um aeroporto superlotado, onde avisos inúteis se repetem pelos alto-falantes e onde me sinto invariavelmente perdido. Nem a mais demente produção de spams na minha caixa de e-mail equivale à atividade que me chega pelo Facebook. Fico até aflito de ver pessoas postando de 15 em 15 minutos, durante toda a extensão do dia. A falta de fazer nunca deu tanto trabalho.
Peço desculpas aos amigos (tanto os que conheço quanto os que não conheço). Mas estou bloqueando muita gente. Faço exceção a alguns que se especializaram em mandar links. Uma notícia, um clipe, um filme: aí o Facebook cumpre a função, acho, de repercutir alguma coisa, de servir como atalho a algum outro meio de informação.
Mas chega de rabugice. No fim, mesmo os posts mais banais são boas notícias. As pessoas estão bem, estão vivas e parecem, numa média impressionante, bastante felizes.
Como tantos outros meios de comunicação, e o celular é o maior exemplo, o Facebook não funciona apenas, nem funciona a maior parte do tempo, para "comunicar" algum conteúdo. Sua função é dar sinais -sinais de existência. Aquilo que os especialistas chamam de "função fática" ("Você está aí?", "Você está me ouvindo?", "Oi! E aí?") preenche muito do que se transmite no Facebook.
Há uns 20 anos mais ou menos, escrevi na Ilustrada que, uma vez resolvido o problema da distribuição de riquezas, a grande desigualdade nas economias desenvolvidas parecia ser a da fama.
Muito poucos possuem toda a fama, enquanto a maioria sobrevive no anonimato. O Facebook resolve, aparentemente, essa injustiça. Qualquer pessoa, mesmo que não se torne uma celebridade no número de acessos e de amigos, pode ser tão banal como uma estrela pop. Fala de suas preferências, de sua rotina, da roupa que comprou, das marcas que prefere...
E aos poucos vai caindo a ficha, para mim, sobre a utilidade do Facebook. Entre as ferramentas do Facebook, existe aquela do polegar para cima, o "curti". Reparei que não existe, entretanto, a ferramenta oposta. O "não curti", que sem dúvida eu empregaria com relativa frequência, não está previsto.
Talvez seja melhor assim: muita briga se evita com essa omissão. Mas o ponto é importante. Curtir alguma coisa, com o polegar para cima, é algo que pertence ao repertório da publicidade. Cada vez que eu for a um restaurante, comprar determinado xampu, assistir a determinado filme, posso ir ao Facebook (se é que saí dele) e marcar com o dedão meu apoio ao tal produto.
Inventou-se, com isso, uma máquina irresistível. Com o YouTube, você produz, em tese, o conteúdo (cômico, trágico ou tolo) que na TV profissionais bem pagos se esfalfam para inventar.
Com o Facebook, você se encarrega da outra ponta do processo: além do conteúdo, você produz também o anúncio, aquilo que os publicitários quebram a cabeça para criar.
Você se torna ao mesmo tempo a celebridade, o consumidor e o anunciante. Minha paranoia se acelera. E se, no meio daqueles "amigos" que não conheço, existir algum testa de ferro, algum laranja de uma agência de publicidade ou de uma grande empresa, fazendo-me consumir o que não desejo?
A paranoia se dissipa: não, é conspiratório demais. Não há testas de ferro. Em seguida, a paranoia renasce com mais força: mas não estamos, todos nós, sendo testas de ferro, laranjas a serviço daquela coisa?
Bem que poderiam pagar para os membros mais produtivos do Facebook. Mas aí perderia a graça.
Folha de S. Paulo - Caderno ilustrada - 10 de Agosto de 2011
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Um dia - David Nicholls
Finalmente o 57° livro terminado.
Demorei um pouquinho pra postar, já que li a última página, com lágrimas nos olhos, na segunda-feira.
Não há comentários sobre o livro, é simplesmente intenso e realista.
Dexter e Emma se conhecem na noite de formatura da faculdade, dormem e passam o dia seguinte juntos e se separam para cada um viver sua vida. A partir daí a história é contada, durante os próximos 20 anos, sempre no aniversário do dia em que se conheceram, 15 de Julho.
Em cada capítulo há uma surpresa diferente, pois nunca sabemos o que aconteceu com essas vidas no intervalo de um ano, seus encontros e desencontros, o rumo que cada um tomou, seus pensamentos, projetos, decepções.
Foi um dos livros mais lindos e emocionantes que já li, chorei desde os primeiros capítulos até a última página. Porém vale uma ressalva: Não leia em busca de um final feliz, mas sim viva cada capítulo. É como a vida, não há finais felizes e sim a continuidade, a superação, as memórias, as alegrias e as tristezas.
Perfeito pelo seu realismo, emocionante como a vida é (sem percebermos) e envolvente como todo bom livro.
P.S. Como eu quis esganar o Dexter durante a leitura.
P.S 2 O filme sobre o livro está com estréia prevista para 04 de Novembro, tô louca pra ver.
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